terça-feira, 13 de julho de 2010

Querer a fidelidade pode ser muito mais um capricho de possuir alguém do que um gostar sincero. O que me deixa bem, Amélia, é esse livre arbítrio que o homem que eu amo tem, pois da liberdade surgiu o bom senso e o respeito, ele teve de criar responsabilidade para me amar e manter o bom da gente sempre aceso.
A gente vive desse jeito que vês, sem cobranças e esperanças, somente na ânsia de viver e de saudade. Com certeza, não é para qualquer um, mas um dia todo mundo poderia pensar assim.
Claro, que o fato, de o homem que eu amo me amar, interfere significativamente no desempenho dele em torno dessa minha teoria que pra ti, até então, está parecendo furada, somente pela tua sobrancelha unida.
Eu tenho ciúmes, sim. Afinal, tenho pele, peito e coração. Mas meu ciúme é mais um zelo, do que o ciúme propriamente dito, daqueles que correm e destroem o que o outro sente pouco a pouco, meu ciúme é mais um medo de perder para alguém que ofereça algo melhor. Não é questão de confiar em tacos também, Amélia, sou boa de cama e de coração, mas é que, na verdade, esse medo de perder que move minhas montanhas, pra eu nunca me acomodar e lembrar que todo dia nasce novo, assim como a gente.
Não entendes, porque tens a idéia de que liberdade e libertinagem são sinônimos, enquanto que a única coisa que as liga é a letra "L".
Larga mão do cubismo, Amélia, olha pra frente e sente o que tu vê. Desliga a televisão, porque os melhores dramas que tens que contar são os teus.

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