(...)mas eu ainda tenho quase certeza que a irresponsabilidade ainda vive em alguma parte perdida, nela bem no fundo combina. Diria que ela perdeu o jeito para algumas coisas, como aquela coisa que toda mulher tem, um "Q" a mais para chamar a atenção, deixou de ter a sorte que o encanto menina-moça trazia.
Hoje, não mais gasta seu tempo falando o que pensa, o que seria melhor e tentando fazer com que as pessoas a escutem, tudo que ela solta muitas vezes é um "tudo bem, não tem problema", " Ah, deixa, nem era nada demais mesmo" isso já basta, o cansaço toma conta muitas vezes.
Conversando com ela, percebi que ela não percebeu que cada dia está mais perto do que ela queria semana passada, "não aguento mais, quero sair daqui, minha liberdade, cadê?" quase um grito, abafado muitas vezes, mas ainda sim um grito, ontem nem ouvi reclamações, nem aquele olhar de "fazer o que né?", mas ouvi essa frase, não lembro bem porque ela falou isso, mas eu ouvi.
Ah, e o egoísmo, quase ia me esquecendo, acredite, se quiser, não sei para onde foi, acredite, se quiser, ela se doou para alguém e acredite, se quiser, não funcionou muito bem, mas ela não se importou, continua querendo se doar mais e mais e mais, até dar certo um dia.
Talvez essa menina-moça não seja mais tão menina assim, será que a moça engoliu a menina? Ou a menina da moça também cresceu?
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