Alguns de nós já foram à Lua. Alguns de nós já driblaram a fome. Alguns de nós já foram feridos no corpo ou na alma pela insanidade das guerras. Alguns de nós já se superaram diante de doenças que lhes disseram ser incuráveis. Alguns de nós já deram a volta por cima ao ser desprezados pelas diferenças que são utilizadas para negar que somos todos, essencialmente, iguais. Alguns de nós já demonstraram, mais por ações do que por palavras, o quanto o ser humano é uma obra-prima genial.
Somos capazes de coisas incríveis. Mas, muitas vezes, diante da possibilidade do amor compartilhado, nós nos acovardamos. Sabemos que nada pode nos tornar mais fortes nem mais vulneráveis, ao mesmo tempo. Esquecemos que a vulnerabilidade, assim como a força, faz parte da condição humana. Para amarmos e para nos deixar ser amados precisamos aceitar sair do ilusório controle. Isso pode ser mais assustador do que qualquer outra coisa que nos meta medo, que nos peça coragem, que nos bagunce a vida. Pode ser a coisa mais linda do mundo também.
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