sábado, 5 de junho de 2010
Nas entrelinhas dos gestos aparentemente mais tolos, das falas mais desconexas, dos silêncios mais barulhentos, às vezes está escrito com maiúsculas, fonte tamanho 72, em negrito, apenas isso: “Por favor, me ajuda!”.
Acostumados com as evidências, acomodados com as aparências, tantas vezes medrosos, em geral, não conseguimos ler.
Acostumados com as evidências, acomodados com as aparências, tantas vezes medrosos, em geral, não conseguimos ler.
Olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler. Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair. A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez com mais fé e liberdade.
O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.
Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.
Eu mudei muito nos últimos anos, mais até do que já consigo notar, mas ainda não passei a acreditar em acaso.
O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.
Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.
Eu mudei muito nos últimos anos, mais até do que já consigo notar, mas ainda não passei a acreditar em acaso.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
ontem me fez o hoje que me faz viver o amanhã.
Eu me sinto tão leve por não ter nada e por isso ter tudo.
Estou bem com companhias nada certas que não falam de seus sentimentos, mas que sempre estão ali e que dizem com os olhos não querer estar em outro lugar.
Não tenho responsabilidades, compromissos, preocupações com nenhum deles, mas mesmo assim acordo cheia de alguma coisa que me bota um sorriso na cara e me faz levantar cantando.
Amanhã é mais um dia que mais alguma coisa pode acontecer mais de repente que tudo antecedido de hoje. E amanhã é tão legal, eu ainda nem cheguei lá, mas é tão legal... Por ser melhor do que ontem foi pra mim, porque amanhã eu vou acordar sem pesos na consciência e, se duvidar, sem consciência. Porque o hoje deixou um recado no meu ouvido dizendo que amanhã tenho uma surpresa. Tem sido assim todos os dias.
É tudo tão simples e tão complexo, que me diverte. Eu me divirto até com as besteiras que solto, que faço e não penso. Eu não penso, porque amanhã já chegou e não tenho tempo para reparar as besteiras.
Passei um bom tempo me sentindo nada e hoje eu estou me sentindo tudo, levo uma bagagem cheia comigo, porém leve... Eu me sinto tudo, tudo que não me senti, tudo que já sentiram de mim, tudo que viram em mim, eu me sinto tudo, tudo que eu puder dar, tudo que eu puder ser, tudo que eu puder fazer, eu me sinto, tudo é muita coisa, mas é leve... Eu me sinto merecida, eu ando me merecendo e merecendo tudo que tenho ganhado, mereço ser tudo.
Não desconfio mais de tanta felicidade que me dão, de tanta atenção que me dão, de tanta admiração que me dão, de tantos beijos que me dão, pelo amor de Deus, eu mereço tudo. Eu mereço.
E pode vir o que for, eu mereço. Pode ser o que for, eu aceito. Pode tocar quem for, me toque. Pode falar o que quiser, eu escuto. Pode descer os céus, eu subo. Pode ser amor e eu amo.
Estou bem com companhias nada certas que não falam de seus sentimentos, mas que sempre estão ali e que dizem com os olhos não querer estar em outro lugar.
Não tenho responsabilidades, compromissos, preocupações com nenhum deles, mas mesmo assim acordo cheia de alguma coisa que me bota um sorriso na cara e me faz levantar cantando.
Amanhã é mais um dia que mais alguma coisa pode acontecer mais de repente que tudo antecedido de hoje. E amanhã é tão legal, eu ainda nem cheguei lá, mas é tão legal... Por ser melhor do que ontem foi pra mim, porque amanhã eu vou acordar sem pesos na consciência e, se duvidar, sem consciência. Porque o hoje deixou um recado no meu ouvido dizendo que amanhã tenho uma surpresa. Tem sido assim todos os dias.
É tudo tão simples e tão complexo, que me diverte. Eu me divirto até com as besteiras que solto, que faço e não penso. Eu não penso, porque amanhã já chegou e não tenho tempo para reparar as besteiras.
Passei um bom tempo me sentindo nada e hoje eu estou me sentindo tudo, levo uma bagagem cheia comigo, porém leve... Eu me sinto tudo, tudo que não me senti, tudo que já sentiram de mim, tudo que viram em mim, eu me sinto tudo, tudo que eu puder dar, tudo que eu puder ser, tudo que eu puder fazer, eu me sinto, tudo é muita coisa, mas é leve... Eu me sinto merecida, eu ando me merecendo e merecendo tudo que tenho ganhado, mereço ser tudo.
Não desconfio mais de tanta felicidade que me dão, de tanta atenção que me dão, de tanta admiração que me dão, de tantos beijos que me dão, pelo amor de Deus, eu mereço tudo. Eu mereço.
E pode vir o que for, eu mereço. Pode ser o que for, eu aceito. Pode tocar quem for, me toque. Pode falar o que quiser, eu escuto. Pode descer os céus, eu subo. Pode ser amor e eu amo.
Alguém como você do lado
Vamos lá, pega minha mão... Eu sei que você quer, ela passa segurança, não é verdade? Por mais que seja por pouco tempo, ela passa proteção, não é verdade? Mesmo que sempre eu vá embora, ela deixa gosto de quem vai ficar, não é verdade?
É verdade.
Um dia você terá mãos assim, quando tiver alguém como você do lado.
Eu sou grande olhando debaixo, não é verdade? Não pelo meu tamanho, você sabe, eu só tenho 1,58. Meu coração é grande bem como as marcas que nele encontras, eu sou grande quando me sentes e sentes tudo que guardei para alguém que não usou.
Mas você será assim também, quando tiver alguém como você do lado.
Te seguro firme e me sentes forte, te beijo a boca e sou terna. Mas eu sou tão decidida que te deixo confusa, não é verdade? Porque me decido muitas vezes, nas poucas vezes que nos encontramos.
Você confundirá alguém, quando tiver alguém como você do lado.
Deixa de besteira, por que não diz que veio aqui para me ver? Para que usar de mentirosas omissões e silenciosas desculpas esfarrapadas? Não tenha vergonha, deixa eu te falar também que estou aqui, no lugar de sempre, com a novidade de te esperar, que hoje sento na escadinha olhando de banda para ver se noto tua sombra em meio as outras, não tenha vergonha.
Você deixará de besteira, quando tiver alguém como você do lado.
Eu gosto dos seus beijos, eu gosto dos seus carinhos e do modo como sua pele eriça quando roço meus lábios em seu pescoço. Eu gosto da sua beleza que não me satisfaz, gosto da sua voz e as vezes que me faz rir. Gosto do seu perfume, dos seus cento e poucos sinais e sorrio sozinha ao lembrar da vez que correste para me beijar antes de eu ir embora. Eu gosto quando voltas e pedes mais um beijo, eu gosto de te beijar.
Você vai entender tudo que escrevo, quando tiver alguém como você do lado.
É verdade.
Um dia você terá mãos assim, quando tiver alguém como você do lado.
Eu sou grande olhando debaixo, não é verdade? Não pelo meu tamanho, você sabe, eu só tenho 1,58. Meu coração é grande bem como as marcas que nele encontras, eu sou grande quando me sentes e sentes tudo que guardei para alguém que não usou.
Mas você será assim também, quando tiver alguém como você do lado.
Te seguro firme e me sentes forte, te beijo a boca e sou terna. Mas eu sou tão decidida que te deixo confusa, não é verdade? Porque me decido muitas vezes, nas poucas vezes que nos encontramos.
Você confundirá alguém, quando tiver alguém como você do lado.
Deixa de besteira, por que não diz que veio aqui para me ver? Para que usar de mentirosas omissões e silenciosas desculpas esfarrapadas? Não tenha vergonha, deixa eu te falar também que estou aqui, no lugar de sempre, com a novidade de te esperar, que hoje sento na escadinha olhando de banda para ver se noto tua sombra em meio as outras, não tenha vergonha.
Você deixará de besteira, quando tiver alguém como você do lado.
Eu gosto dos seus beijos, eu gosto dos seus carinhos e do modo como sua pele eriça quando roço meus lábios em seu pescoço. Eu gosto da sua beleza que não me satisfaz, gosto da sua voz e as vezes que me faz rir. Gosto do seu perfume, dos seus cento e poucos sinais e sorrio sozinha ao lembrar da vez que correste para me beijar antes de eu ir embora. Eu gosto quando voltas e pedes mais um beijo, eu gosto de te beijar.
Você vai entender tudo que escrevo, quando tiver alguém como você do lado.
Ai, menino
Minha última tentativa começa e o soçobrado que agora maniqueísta vai rompendo os elos, eu já te sinto sumir, menino, e eu confesso sentir uma paz insolente, dessas sem vergonha, e, ai, menino, como é bom descrer das coisas, como é bom tropeçar sem sentir doer os pés, mas no fundo eu sei menino, que volta. Tudo vem voltando, mas eu sei também que não é de todo mal e que no fim eu supero a dor, é assim, menino, dependência gera estabilidade quando se pondera a falta de sanidade. Agora que o cansaço me impera vou deitar-me e continuar vivendo. Dormiu
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